Apesar da paralisação do último dia 13 de maio, os policiais militares continuam trabalhando com afinco na causa da segurança pública. Mas isso não é mais suficiente: as retaliações ao movimento militar por melhorias salariais e de trabalho já começaram nos batalhões da Policia Militar.
Na tarde do dia 17, o comandante do 4º batalhão da PM do Acre, Tenente Coronel Victor, mostrou total apoio ao governo do Estado ao reprimir seus subordinados. Ao adentrar no alojamento da unidade, os policiais, que eram acostumados a encontrar os beliches usados para o descanso nos intervalos de trabalho ou para permanecerem durante as punições administrativas, encontraram nada mais que um vão. Segundo acreditam os PM’s, os beliches foram enviados para serem utilizados pela Força Nacional de Segurança Pública, que está no Estado para trabalhar durante um possível movimento grevista da PM.
“Tudo bem que queiram alojar os policiais da Força Nacional, mais fazer isso à custa do nosso descanso é brincadeira. E se acontecerem mesmo as punições que estão prometendo, onde é que os presos vão ficar?”, questionou um policial da unidade que não quis ser identificado por medo de retaliações.
Outro fato que preocupou os militares do 4º batalhão foi o recolhimento das armas cauteladas permanentemente pelos policiais. O policial que se responsabilizava formalmente pelo armamento e levava a arma para sua casa mesmo durante a folga a fim de se proteger e proteger a família. O comando da unidade ordenou que todas as armas fossem recolhidas, deixando os militares à mercê da marginalidade.
Pra quem estuda
“Os comandos usam sempre o discurso de transparência, mas não é isso que acontece na realidade. O comandante do 4º batalhão sempre disse que iria ajudar os policiais que queriam estudar, facilitando na escala de serviço, mais já insinuou que pode dificultar as coisas, devido a nossa paralização, e esquece que o Soldado Ezenair, seu protegido, está escondido da escala de serviço por vários anos, enquanto estuda medicina”, desabafou um policial, preocupado em ser prejudicado nos estudos.
Punidos
Ainda segundo um policial da unidade, os policiais do Serviço Reservado do 4º batalhão, por não ‘deletarem’ seus companheiros que participaram do ato de reivindicação do dia 13 de maio, foram tirados da modalidade de policiamento com a desculpa de que “tinham deixado vazar informação confidencial”. A guarnição foi espalhada em outras formas de policiamento.
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