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domingo, 11 de novembro de 2012

A policia Federal avisou, em junho deste ano, o governo de São Paulo que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) aumentaria os ataques a policiais

As informações foram repassadas pela PF com base em interceptações telefônicas feitas, com autorização judicial, durante o monitoramento de criminosos.
Conforme a Folha revelou ontem, a PF flagrou alguns chefes do PCC coordenando o tráfico de drogas e de armas a partir da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, um presídio de segurança máxima do governo paulista.
Gravações foram feitas pelo menos desde fevereiro de 2011 e atingiram criminosos como Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, e Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, apontados pela Promotoria como cabeças do PCC.
A Justiça determinou o envio de ambos para um presídio de segurança máxima. O pedido foi feito pelo Ministério Público utilizando material repassado pela PF.
A Promotoria, agora, quer a transferência de toda a cúpula da facção para presídios federais em outros Estados por acreditar que o governo paulista não consegue isolar os chefes do bando, como afirmava conseguir.
DESDE 2007
As gravações com as informações sobre os planos do PCC de intensificar ataques contra policiais paulistas são dos primeiros dias de junho. A PF monitora, porém, a facção criminosa desde 2007.
Esse acompanhamento era feito por uma equipe de Brasília, comandada pelo delegado Roberto Troncon Filho. Hoje, ele é o superintendente da PF de São Paulo.
As informações, segundo os policias ouvidos pela reportagem, foram repassadas diretamente pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto. O secretário, no entanto, nega ter recebido essa informação.
Neste ano, 92 policiais militares foram mortos (incluindo PMs da ativa e os aposentados), a maior parte em ataques de criminosos. Até o começo de junho, quando foi feito o alerta da PF, 41 policiais haviam sido mortos.
Além da PF, a Folha apurou que a Polícia Civil também tinha informações, com base em grampos, de ordens de criminosos para matar PMs.
Nessas conversas, a ordem era para que os policiais fossem atacados perto de suas casas ou na saída de seu segundo emprego, o "bico". Apenas três dos policiais mortos por criminosos neste ano estavam de serviço.
Colaborou AFONSO BENITES

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