Governistas não querem saber de greve na área do médico Tião Viana, a Saúde
Os governistas veem com preocupação o tsunami da radicalização de alguns sindicatos nas negociações salariais neste primeiro ano de Tião Viana. Apesar de já ter “amansado” alguns sindicalistas, o governo enfrenta resistência na Saúde, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
Estas categorias têm como porta-vozes membros do principal partido da oposição, o PSDB. O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (SIntesac) é presidido por Antônio Daniel, que ano passado disputou o cargo de deputado estadual pelos tucanos.
Os militares estaduais elegeram o Major Rocha (PSDB) para a Assembleia. A consequência não poderia ser outra: as dificuldades palacianas de convencer policiais e bombeiros a aceitar a proposta em mesa: 20% escalonados. Eles exigem uma reposição de 117%.
Como alento Tião Viana conta o apoio do maior sindicato do Estado, o dos funcionários da Educação. Não foi nada difícil para o governo obter o apoio do sindicato presidido pelo aliado petista Manoel Lima.
Mas a preocupação palaciana-petista está mesmo na Saúde. Para o governo, seria um desastre político o médico Tião Viana enfrentar uma greve na área tida como seu cartão de identidade. “Uma greve na saúde seria um desencanto”, analisa o líder do governo.
As dificuldades encontradas pelo governo na Saúde também se explicam pela subdivisão dos sindicatos. Ao todo os trabalhadores do setor têm quatro representações. “Isso dificulta as negociações e não é bom na hora de sentar e apresentar proposta, pois há vários interlocutores”, diz Moisés Diniz.
O líder ficou responsável por negociar diretamente com os sindicatos da Saúde. Para ele, o magro resultado obtido por Tião Viana nas urnas em 2010 se reflete nas negociações salariais. “Nunca no Acre um começo de governo encontrou tantas dificuldades em negociar com os sindicatos”, afirma.
Os primeiros anos de mandato costumam ser poupados nestas ocasiões. Os meses iniciais de governo são de ajustes nas contas e obter um raio-x da saúde financeira do Estado. Geralmente o radicalismo começa a surgir de dois anos e meio à frente do poder. Mas para os governistas, o embalo eleitoral do ano passado se mantém e alguns setores da oposição entram no ritmo e tentam desgastar o governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário